Continuação...
O SACRIFÍCIO DA MISSA
Gostaria de continuar falando um pouco mais sobre o
SACRIFÍCIO. Muitos católicos participam da Santa Missa e não conseguem entender
o que de fato significa o Sacrifício da Missa. Porque Sacrificar novamente Jesus
Cristo se Ele já foi sacrificado? O sangue já foi derramado para a remissão dos
pecados. De forma bastante objetiva e clara significa que “a morte e
ressurreição de Jesus aconteceu apenas uma vez na história, mas Ele quis que
todas as pessoas, das diversas épocas, participassem daquele sacrifício. E a
forma desejada por Deus é a Missa, que é em si, o sacrifício de Jesus Cristo.
Ele não é morto de novo e de novo, como alguns críticos reivindicam, mas Ele é
oferecido continuamente, numa oblação pura, desde o nascer até o pôr do sol.” Para
que fique ainda mais clara esta colocação, não pensemos que o sacrifício de
Cristo anula o nosso, ao contrário, faz com que o nosso seja possível. “Com
efeito, foi Jesus quem ordenou aos seus ministros sacerdotes para que
participassem de seu Ato sacrificial, pois foi Ele quem disse: ‘Fazei isto em
memória de mim’. Os seus apóstolos, como todos os sacerdotes católicos
subsequentes, não substituem a Jesus, mas antes, O representam e participam de
Seu sacerdócio”.
No
texto anterior falamos um pouco de como eram os sacrifícios antigos, mas o
nascimento e a morte de Nosso Senhor deram um valor incomparável a estes
sacrifícios antigos que eram incapazes de redimir os pecados dos homens. Eles ‘simbolizavam’
o sacrifício Redentor do Filho de Deus. Os sacrifícios eram mais do que um
símbolo. O mais importante dos sacrifícios antigos como nos recorda Santo Agostinho,
não é a morte do animal, mas o derramamento do sangue. Derramar o sangue significa dar a vida. Então,
nos diz Santo Agostinho que o sacrifício exterior era o símbolo de nosso
sacrifício interior. A pessoa com aquele sacrifício animal a Deus estava como
que oferecendo a própria vida ao Criador. Portanto, nisso consistia o valor do
sacrifício antigo.
Jesus
Cristo se ofereceu ao pai Eterno no Altar da Cruz para remir a humanidade, para
tirar o homem da escravidão do pecado. Ele se ofereceu a Deus de forma ‘cruenta’,
derramando o seu precioso sangue até a morte. Diariamente na Santa Missa nós
renovamos o mesmo sacrifício, oferecendo ao Eterno Pai o seu próprio Filho,
debaixo das espécies do pão e do vinho. No entanto, de forma ‘incruenta’, ou
seja, sem o derramamento de sangue. Penso que até aqui, ficou bem claro como
eram realizados os sacrifícios antigos e porque então olhamos para Jesus como o
sacrifício derradeiro. Não será mais necessária a morte de mais nenhum
cordeiro, porque o Cordeiro ( o Filho de Deus feito Homem) tornou-se
definitivamente o “Cordeiro de Deus que tira o Pecado do Mundo”... “O
Sacrifício da Nova e Eterna Aliança.”
Portanto,
não entendam “Sacrifício” como dificuldade de ir Missa. Sim, há muitos
católicos que acham um sacrifício ir a Missa aos domingos e vão protelando. O
Sacrifício já foi feito por Jesus a cada de nós. Mas não esqueçamos, esta
oferenda está no Céu e espera por cada um de nós, mas se ainda não podemos participar dela
na eternidade, o céu toca a terra na Santa Missa... Cristo está e sempre estará
esperando por nós na Eucaristia.
Referências
O
Banquete do Cordeiro. Scott Hahn. Editora Cléofas.
As
Maravilhas da Santa Missa. Arautos do Evangelho.
Missa
Parte por Parte. Padre Luiz Cechinato. Editora Vozes.
Catecismo
da Igreja Católica. Edição Típica Vaticana. Edições Loyola
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