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Por Adhemir Marthins

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quarta-feira, 29 de julho de 2015

A SANTA MISSA (7)



OS SÍMBOLOS NA MISSA

Do ponto de vista litúrgico 11 coisas devem se fazer presente para a Celebração da Santa Missa: 

ð  Sacerdote
ð  Pão
ð  Vinho
ð  Água
ð  Velas
ð  Crucifixo
ð  Altar
ð  Cálice
ð  Patena
ð  Corporal
ð  Missal

Poderíamos perguntar... E a Assembleia, é necessária ou não?
A assembleia que participa tem um importante papel, por isso o Catecismo da Igreja Católica instrui: “As ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja. É o povo santo, unido e ordenado sob a direção dos Bispos... Por isso, estas celebrações pertencem a todo corpo da Igreja, influem sobre ele e o manifestam; mas atingem cada um de seus membros de modo diferente, conforme a diversidade de ordens, ofícios e da participação atual efetiva.” Mesmo sendo muito importante e desejável a participação da Assembleia, mas se o sacerdote estiver sozinho, isso não impede que ele celebre o Santo Sacrifício da Missa.

Vejamos agora o simbolismo de cada uma das coisas necessárias para a celebração da Santa Missa:

O SACERDOTE: Diz São Leonardo de Porto Maurício que o Sacerdote é Ministro, é representante do Senhor Jesus, Sacerdote invisível e Eterno. O ministério sacerdotal é a ele outorgado no momento de sua ordenação pelo Bispo, que transmite a ordem recebida de Cristo pelos Apóstolos. No entanto, mesmo que o sacerdote não seja santo, a Missa tem um valor infinito, é sempre agradável a Deus. Só o sacerdote tem o poder de consagrar a hóstia e o vinho no Corpo de Sangue de Cristo. É o que se chama, transubstanciação. Ou seja, a mudança é de substância, apesar dos acidentes, como sabor, cor e forma não mudam.

O PÃO: No centro da celebração temos o Pão e o Vinho. O Pão simboliza o Corpo de Cristo. Depois da consagração já não mais simboliza, mas “é” o Corpo de Jesus. “Este é o meu corpo que será dado por vós...”

O VINHO: Simboliza o sangue que Ele derramou para nossa Redenção. Mas da mesma forma, depois da consagração não mais simboliza o Sangue derramado, mas é o próprio Sangue de Jesus. “Isto é o meu Sangue que é derramado por vós para o perdão dos pecados...”
Estes elementos pela palavra do padre que empresta a voz a Cristo, pela invocação do Espírito Santo se tornam o Corpo e Sangue do mesmo Cristo. O Sacerdote então naquele momento é “In Persona Christi” A expressão "in Persona Christi" quer dizer, literalmente, na pessoa de Cristo e só pode ser atribuída aos sacerdotes e ministros ordenados. Ela significa que quando o sacerdote age, ele o faz na pessoa de Cristo, ou seja, não é ele quem está agindo, mas Cristo.

A ÁGUA: A água simboliza o precioso dom da vida. Fonte de vida no mundo material é esse também seu simbolismo no Sacramento do Batismo. Na celebração da Missa o celebrante a usa para purificar as mãos antes de iniciar a Oração Eucarística. Uma pequena quantidade de água também é misturada ao vinho, representando a parte humana do sacrifício, o sangue e a água que escorreram do lado de Cristo, a união entre Cristo e a Igreja.

AS VELAS: O Papa Melquíades no século IV mandou usar dois castiçais na Missa. Eles representam o povo gentio e o povo judeu. A chama, o fogo da vela simboliza a fé, a alegria dos povos no nascimento do Senhor. Lembra Cristo que diz: “Eu sou a luz do mundo”.  A Missa é para iluminar e os ministros e os fiéis são iluminados por ela. Diz Santo Agostinho nos Sermões que as velas são acesas para Cristo acender em nós o fogo de sua ardente caridade e amor, porque, por amor a nós padeceu até a morte.

O CRUCIFIXO: A cruz sempre presente figura gloriosamente a morte de Cristo. O Papa Bento XVI ainda quando cardeal escreveu em seu livro “O Espírito da Liturgia” que a cruz com a imagem do Senhor Crucificado ocupa o primeiro lugar entre as imagens sagradas. Por meio dela é representada a paixão e o triunfo de Cristo sobre a morte, anunciando também a segunda vinda quando julgará os vivos e os mortos. A presença da cruz na celebração da Missa é muito antiga. Há documentos que atestam o seu uso desde o século V.

O ALTAR: Muitos antes de existirem Templos, os justos do Antigo Testamento edificavam altares ao Senhor. A palavra Altar tem sua origem na palavra latina “álere”, que significa nutrir, alimentar, mas que significa também “altus”, lugar elevado, ou seja, a “parte superior” (o alto, o cimo) de uma mesa ou bloco de pedra, sobre o qual são “oferecidos alimentos”. Noé foi o primeiro a edificar um altar e oferecer a Deus sacrifícios de animais. O altar principal significa Deus, ao mesmo tempo, Uno e Trino. Sobre o altar, "que é o centro da igreja, se faz presente o Sacrifício da Cruz sob os sinais sacramentais”. Significa também a glória celestial, a alma santa e o coração do homem onde coloca o senhor. Os altares laterais significa a corte celestial com seus anjos e santos, mártires e virgens.

O CÁLICE: A palavra Cálice vem do latim “Cálix” que significa quente. Nos antigos banquetes se ofereciam bebidas com temperatura elevada. Na história da igreja os cálices foram feitos de diversos materiais, como ouro e prata. Hoje em dia a maioria dos cálices são feitos de metal e tem o seu interior revestido de ouro ou prata. Alguns sacerdotes utilizam até mesmo de cristal, pois é ali que é depositado Cristo na espécie do vinho consagrado. O cálice esconde um belo significado. Ele simboliza o túmulo em que Cristo foi sepultado. 

A PATENA: A bandeja onde o sacerdote deita a hóstia simboliza a pedra que José de Arimatéia colocou na porta do sepulcro. No começo da igreja a Patena era um prato grande para que fosse distribuída a comunhão ao povo. 

O CORPORAL: Aquele tecido branco que o sacerdote abre sobre o altar para depositar sobre ele é como a veste do senhor no altar. Diz-se corporal porque nele se encobre e se esconde o  sacrossanto mistério do Corpo de Cristo. Muitos teólogos afirmam que o corporal  é estendido sobre o altar para significar o modo como foi encontrado no Sepulcro o lençol que envolveu o corpo de Cristo após a ressurreição

O MISSAL: O grande livro em geral vermelho que contém que contém o texto da Santa Missa recebeu do Papa São Gregório Magno o nome de Missal. O Missal simboliza as boas novas Vinha do Senhor. Sua vida, sua pregação e outros mistérios da humanidade de Cristo. Simboliza também as sete palavras de Jesus na cruz. 

O Catecismo da Igreja nos ensina que as partes da Missa tem se mantido iguais desde os primeiros tempos do cristianismo até hoje. A forma como a Missa acontece respeita uma estrutura fundamental que se pode resumir em dois grandes momentos: A LITURGIA DA PALAVRA com as Proclamações das Leituras, o Salmo e a Homilia... E A LITURGIA EUCARÍSTICA  com a Apresentação do Pão e do Vinho e a Ação de Graças, sobretudo temos a Consagração e a Comunhão.  
   
Referências

O Banquete do Cordeiro. Scott Hahn. Editora Cléofas.
As Maravilhas da Santa Missa. Arautos do Evangelho.
Missa Parte por Parte. Padre Luiz Cechinato. Editora Vozes.
Catecismo da Igreja Católica. Edição Típica Vaticana. Edições Loyola.

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