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Por Adhemir Marthins

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sábado, 22 de agosto de 2015

"NEM TUDO NOS NOSSOS PADRES CANTORES ESTÁ CLARO"

O cardeal João Braz de Aviz, membro da Cúria Romana no Vaticano, fez uma visita a São José dos Campos (SP), nesta terça-feira (18), para conhecer o Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. Em entrevista ao G1, ele criticou a postura de alguns padres cantores, mas preferiu não citar nomes.

“Nem tudo nos nossos padres cantores está claro, basta olhar. É preciso voltar ao essencial, questionar o porque se está ali cantando aquela música na televisão. Qual a razão que me faz estar aqui? É Jesus Cristo? Minha fama? O dinheiro?”, afirmou.

O cardeal é considerado um dos homens de confiança do Papa Francisco e afirma que o Vaticano não interfere diretamente no cenário audiofônico católico. Para ele, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) seria o órgão mais indicado para tal.

“Não é bom deixar estragar tudo para depois mexer. Eu não cito nomes, mas tem coisas chatas aí. Por outro lado fizeram coisas boas. Daria para citar 3 ou 4 nomes, mas não vou fazer isso”, disse.

Dom Braz revelou que é um grande admirador do padre Zezinho, que aos 74 anos tem 118 discos em seu repertório. “Padre Zezinho não se apegou à imagem e ao dinheiro. O que sobressai nele é Jesus Cristo. Se o que conta é o dinheiro, a fama e o poder, mesmo que você tenha uma bela voz e fale bonito, está errado”, afirmou.

Sobre a vocação religiosa, o cardeal afirmou que uma de suas irmãs chegou a duvidar do seu celibato. “O celibato não é não ter instinto ou vontade de casar. O celibato é outra coisa. Precisamos pautar nossa vida em um testemunho simples e direto, convicto. Se uma pessoa consagrada vive infeliz e carrancuda, pode ir para outro lado, buscar outro caminho ou ela deve mudar”, disse.

PS. Convivi com Dom João Braz de Aviz por um ano, residindo na mesma casa e sempre que possível deixava claro com o próprio testemunho, ainda como padre, o seu amor e zelo pela liturgia. Sempre envolvido e atento aos cursos de Canto Pastoral, incentivando, animando os grupos e ministérios para que participassem ativamente, pois via nesta ação litúrgica uma riqueza para a Igreja. Mas também sempre preocupado com os excessos, os exageros. Depois de alguns anos ler esta notícia, percebo ainda que ele se mantém fiel à Liturgia e ao que propõe o Concílio Vaticano II. 

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