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Por Adhemir Marthins

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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A MISSA... "O CÉU NA TERRA"



           Nós católicos temos ( e se não temos, deveríamos ter) um especial carinho pela Missa. A Missa é como um lar para nós. No entanto, a maioria dos católicos pode passar a vida inteira sem ver nada além da superfície de preces memorizadas e chegar à conclusão de que a Missa é sempre a mesma. Muitos preceitualmente estão lá de corpo presente, mas distantes e na superfície do Mistério celebrado. Muito poucos vislumbram o poderoso “drama sobrenatural” do qual participam todos os domingos. São João Paulo II chamou a Missa de “Céu na Terra”, explicando que a liturgia que celebramos na terra é uma misteriosa participação na liturgia celeste.


“Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo... Depois disso, tive uma visão: havia uma porta aberta no céu...” (Ap 3,20; 4,1)

            Realmente vamos para o céu quando participamos da Missa, e isso é verdade de toda Missa da qual participamos, independentemente da qualidade da música ou do fervor da pregação. Esta não é uma questão de aprender a “olhar para o lado bom”  de liturgias desleixadas. Isto não é sobre o desenvolvimento de uma atitude mais caridosa para alguns erros evidentes que podem acontecer durante uma celebração. Isso tudo é sobre algo que é objetivamente verdadeiro, algo tão real quanto o coração que bate dentro de nós. A Missa – e quero dizer toda Missa – é o paraíso na Terra. Se ainda não podemos ir ao céu porque estamos “vivos”, o céu vem até nós na Santa Missa. 

Ainda, a Missa não é um serviço religioso, mas o Santo Sacrifício da Eucaristia, a Divina Liturgia, não é exatamente, em sua essência, feito pelo homem, de modo algum. O padre no altar é apenas um “substituto” para o Sumo Sacerdote, para usar as palavras do ensinamento da Igreja, o padre age “In Persona Christi”, ou seja, na pessoa de Cristo. Nós não vamos à Missa para receber o corpo e o sangue do padre, claro, nem poderia dar-se a nós desta forma se o quisesse, vamos à Missa para um Comunhão com Cristo. 

Portanto, não podemos viver este Mistério em torno de Jesus Cristo, Vivo e Ressuscitado na Eucaristia e sairmos pela porta da Igreja, e cairmos na dinâmica da tentação maléfica do inferno. Acabamos de receber o Corpo e o Sangue de Jesus em nosso Corpo, Templo do Espírito Santo. Tornamo-nos momentaneamente Sacrários vivos para o Cristo Vivo dentro de nós. Seu Corpo e Sangue em nosso corpo e sangue. Sua Alma e Divindade em nossa alma, em nossa vida. É preciso estender as maravilhas do Céu que experimentamos na Santa Missa até nossas casas. 

Talvez, você pense que sua experiência semanal da Missa em sua comunidade é qualquer coisa, menos celestial. Na verdade, é uma hora desconfortável, repleta às vezes de barulho, algumas crianças chorando, músicas cantadas altas ou fora do tom, homilias sem nexo e sinuosas, risos, gente distraída com uma coisa ou outra, conversas e vizinhos de banco vestidos como se estivessem indo para um jogo de futebol, uma praia ou um pequenique. Mas ainda insisto... Participar da Missa é ir para o Céu. 

            Garanto-vos que esta não é a minha ideia, é a da Igreja. Também não é uma ideia nova; ela existe desde o dia que João teve sua visão apocalíptica. No entanto, é uma ideia que não foi acolhida pelos católicos nos últimos séculos, e eu não consigo entender isso. A maioria de nós admitirá que queremos “receber mais” da Missa. Bem, nós não recebemos mais do que o próprio céu. Pense nisso!

Fontes:
Scott Hahn, O Banquete do Cordeiro. Editora Cléofas.
Catecismo da Igreja Católica. Edição Típica Vaticana. Edições Loyola.
A Missa Parte por Parte. Pe. Luiz Cechinato. Editora Vozes.

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