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Por Adhemir Marthins

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quinta-feira, 30 de julho de 2015

MISSA PARTE POR PARTE (2)




RITOS INICIAIS

Instrução Geral ao Missal Romano, n.º 24:
“Os ritos iniciais ou as partes que precedem a liturgia da palavra, isto é, cântico de entrada, saudação, Ato Penitencial, Senhor, Glória e oração da coleta, têm o caráter de exórdio, introdução e preparação. Estes ritos têm por finalidade fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembleia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia”.

1. Comentário Inicial
Este tem por fim introduzir os fiéis ao mistério celebrado. Sua posição correta seria após a saudação do padre, pois ao nos encontrarmos com uma pessoa primeiro a saudamos para depois iniciarmos qualquer atividade com ela. Deve ser objetivo e claro.
 
2. Canto de Entrada
“Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros”(IGMR n.25)

Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da missa:

a) O canto
Durante a missa, todas as músicas fazem parte de cada momento. Através da música participamos da missa cantando. A música não é simplesmente acompanhamento ou trilha musical da celebração: a música é também nossa forma de louvarmos a Deus. Daí a importância da participação de toda assembléia durante os cantos. Não se deve ficar prolongando o canto sem necessidade.

b) A procissão
O povo de Deus é um povo peregrino, que caminha rumo ao coração do Pai. Todas as procissões têm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer chegar.

c) O beijo no altar
Durante a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é no altar que ocorre o mistério eucarístico. O presidente da celebração ao chegar beija o altar, que representa Cristo, em sinal de carinho e reverência por tão sublime lugar.

Por incrível que possa parecer, o local mais importante de uma igreja é o altar, pois ao contrário do que muita gente pensa, as hóstias guardadas no sacrário nunca poderiam estar ali se não houvesse um altar para consagrá-las.

3. Saudação

a) Sinal da Cruz
O presidente da celebração e a assembléia recordam-se por que estão celebrando a missa. É, sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo particular deve sobrepor-se à gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima Trindade. Portanto, a primeira saudação é em nome da Santíssima Trindade. É Cristo como Cabeça que saúda o seu Corpo, a assembléia reunida.

b) Saudação
Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a assembleia se saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de Deus, mas também é encontro com os irmãos.

4. Ato Penitencial
Após saudar a assembleia presente, o sacerdote convida toda assembleia a, em um momento de silêncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Após o reconhecimento da necessidade da misericórdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrição: Confesso a Deus Todo-Poderoso… Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende compaixão de nós… Ou em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar… Após, segue-se a absolvição do sacerdote. Tal ato pode ser substituído pela aspersão da água, que nos convida a rememorar-nos o nosso compromisso assumido pelo batismo e através do simbolismo da água pedirmos para sermos purificados.

Cabe aqui dizer, que o “Senhor, tende piedade” não pertence necessariamente ao Ato Penitencial. Este se dá após a absolvição do padre e é um canto que clama pela piedade de Deus. Daí ser um erro omiti-lo após o Ato Penitencial quando este é cantando. Não se devem colocar cantos muito ritmados e eufóricos que manifestem excesso de alegria neste momento, por causa da própria espiritualidade do rito que é Penitencial e introspectivo.

O Kirie Eleison não é Ato Penitencial. Era a resposta das preces dos fiéis na Missa em grego e foi introduzido como Ato Penitencial pelo papa Leão Magno (Século V).

5. Hino de Louvor
Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em que a assembleia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. É proclamado nos domingos – exceto os do tempo da quaresma e do advento – e em celebrações especiais, de caráter mais solene. Pode ser cantado, desde que mantenha a letra original e na íntegra. Quando proclamamos o Glória, nos unimos em comunidade com todos os anjos para dar louvores a Deus.

6. Oração da Coleta
Encerra o rito de entrada e introduz a assembleia na celebração do dia.
“Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes, tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a qual a assembleia dá o seu assentimento com o ‘Amém’ final” (IGMR 32). 

Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e finalidade.

REFERÊNCIAS

Missa Parte por Parte. Padre Luiz Cechinato. Editora Vozes.
Para entender e Celebrar a Liturgia. Felipe Aquino. Editora Cléofas.
Evite Erros na Celebração Litúrgica. Edes Andrade Pereira. Editora Partilha

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