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Por Adhemir Marthins

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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O QUE SIGNIFICOU O DILÚVIO BÍBLICO?



Oito ensinamentos que podemos colher da passagem de Noé e o Dilúvio.

Quatro capítulos do Gênesis (6-9) narram o dilúvio bíblico e significa uma expressão do pecado que, a começar com Adão e Eva vão se alastrando cada vez mais.

Esta narração contém, como se pode notar quando se lê atentamente, repetições e contradições. Os exegetas (estudiosos da Bíblia) concluem que a narração é a fusão de dois documentos (fontes Sacerdotal P e Javista J) conservando cada qual com seus detalhes próprios, sem que o autor sagrado tivesse a preocupação de harmonizá-los entre si. Isto mostra que o autor sagrado não estava preocupado com detalhes menores, e visava sim um sentido mais profundo, uma mensagem religiosa.

Nas tradições dos povos antigos há inúmeras narrações de dilúvios. Os estudiosos contam mais de 288 histórias antigas de dilúvio, e todas com uma base comum: há uma grande catástrofe por conta de uma grande ofensa dos homens contra a divindade. O elemento do castigo que mata os homens e os animais pode ser a água, o fogo, o terremoto, etc.

Na Babilônia há quatro versões semelhantes de dilúvio, semelhantes ao da Bíblia. Note que Abraão foi oriundo da Mesopotâmia. Aos olhos da ciência é certo que não houve um único dilúvio universal, mas muitos povos guardaram a lembrança de um dilúvio local.

Quando o texto bíblico fala de “terra inteira” e “todos os homens” não fala em sentido geográfico, mas religioso, hiperbólico (Gen 41,54.57; Dt 2,25; 2Cr 20,29; At2,5) isto é, o gênero humano para o autor sagrado se reduzia àqueles que transmitiam os valores religiosos da humanidade. 

A mensagem do relato do dilúvio (Gen 6-9) quer mostrar o seguinte:

1- Deus é santo e puro;

2- Deus é justo; não pode deixar o mal imperar;

3- Deus é clemente; convida à conversão antes de corrigir;

4- O dilúvio marca o fim de um período da história religiosa da humanidade e marca o início de uma nova era; é como se fosse o início de um novo mundo, onde Deus faz aliança com Noé, o “pai” da nova humanidade;

5- Noé é uma imagem de Cristo. Noé salvou a humanidade pelo lenho da arca, Cristo vai salvá-la pelo lenho da cruz, do dilúvio do pecado.

6- A arca de Noé é uma figura da Igreja; assim como ninguém sobreviveu fora da arca, ninguém se salva fora da Igreja. Todos os que se salvam, mesmo que não pertençam à Igreja, se salvam por meio de Cristo e da Igreja, ainda que não saibam disso;

7- As águas do dilúvio são figura do Batismo, que pela água dá vida aos fiéis e apaga os pecados;

8- o dilúvio, como nova criação, prefigura “os novos céus e a nova terra” (2Pe 3,5-7.10) que haverão no fim da história

Fonte: Curso Bíblico. Prof. Felipe Aquino. Editora Cleófas.

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