A DIGNIDADE DO BATISMO
Lendo a Didaqué*, no capítulo 9, VS.
5 está dito: “Ninguém coma nem beba da
Eucaristia, se não tiver sido batizado em nome do Senhor, porque sobre isso o
Senhor disse: ‘Não dêem as coisas santas aos porcos’.
Já na época dos Apóstolos havia
uma preocupação não só com o cuidado e zelo para receber a Eucaristia, mas
também com o Batismo. Somos filhos de Deus por causa de nossa estreita
identificação com Jesus Cristo. Realmente, não podemos ficar mais perto dele do
que através do Batismo. São João Paulo II colocava desta forma: “Renascendo das
águas da fonte batismal, cada cristão ouve a voz que já foi ouvida às margens
do rio Jordão: ‘Este é meu Filho amado no qual me comprazo’” (Lc 3,22). Estamos
tão proximamente identificados com Jesus que Santo Agostinho dizia: “Todos os homens
são um em Cristo, e pela unidade dos cristãos constituem um só homem”. Agostinho
passou a explicar que, identificados com Cristo, nós também partilhamos da
tríplice missão como sacerdote, profeta e rei (Pd 2,9).
Percebemos aqui desde os
Apóstolos a primazia e a dignidade sacramental do batismo e não pode ser
diferente hoje. O Sacramento do Batismo nos insere na Santíssima Trindade.
Antes de qualquer passo no seio da comunidade temos que não apenas nos
perceber, mas sentir pela passagem da água que nos purifica, que nós somos filhos e filhas de
Deus. Este é o fato central e mais profundo sobre a nossa redenção. Nós não
somos apenas perdoados, nós somos adotados por Deus como filhos e filhas na
Trindade.
Somos filhos e filhas de Deus,
pois, pela Graça, temos sido adotados na família de Deus. Essa é a verdade que
professamos. Portanto, quando pensarmos sobre a importância sacramental do
Batismo, devemos levar em conta que a filiação divina é a marca de um autêntico
entendimento do Evangelho... Uma verdade sem a qual não podemos viver.
DIDAQUÉ*
O documento conhecido como Didaqué (Διδαχń)
é antiquíssimo; remonta aos tempos da primeiríssima geração da Santa Igreja. É
anterior a alguns livros da própria Bíblia Sagrada, tendo sido escrito provavelmente
antes do Evangelho de S. João, do Apocalipse e de algumas das epístolas.
"Didaqué" é uma palavra grega que significa "instrução" ou "doutrina", e a obra era conhecida como "A Instrução dos Doze Apóstolos", – o que lembra muito o que diz o livro de Atos (2,42) sobre "o ensinamento dos Apóstolos". Assim como ocorre com relação a alguns livros do Novo Testamento, torna-se uma tarefa mais do que complexa precisar se a obra foi escrita diretamente por algum(ns) dos Apóstolos de Jesus ou sob a sua orientação, e se foi produzida por um só ou por vários autores.
"Didaqué" é uma palavra grega que significa "instrução" ou "doutrina", e a obra era conhecida como "A Instrução dos Doze Apóstolos", – o que lembra muito o que diz o livro de Atos (2,42) sobre "o ensinamento dos Apóstolos". Assim como ocorre com relação a alguns livros do Novo Testamento, torna-se uma tarefa mais do que complexa precisar se a obra foi escrita diretamente por algum(ns) dos Apóstolos de Jesus ou sob a sua orientação, e se foi produzida por um só ou por vários autores.
Referências Bibliográficas
Padres Apostólicos. Coleção A Patrística. Editora Paulus.
Salve, Santa Rainha. Scott Hahn.
Editora Cleófas.
O Fiel Católico. Revista Online. http://www.ofielcatolico.com.br/2001/05/o-didaque-instrucao-dos-apostolos.html.
(Acesso em 18 de Agosto de 2015).
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