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Por Adhemir Marthins

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terça-feira, 18 de agosto de 2015

A DIGNIDADE DO BATISMO (DIDAQUÉ)



A DIGNIDADE DO BATISMO

Lendo a Didaqué*, no capítulo 9, VS. 5 está dito: “Ninguém coma nem beba da Eucaristia, se não tiver sido batizado em nome do Senhor, porque sobre isso o Senhor disse: ‘Não dêem as coisas santas aos porcos’.

Já na época dos Apóstolos havia uma preocupação não só com o cuidado e zelo para receber a Eucaristia, mas também com o Batismo. Somos filhos de Deus por causa de nossa estreita identificação com Jesus Cristo. Realmente, não podemos ficar mais perto dele do que através do Batismo. São João Paulo II colocava desta forma: “Renascendo das águas da fonte batismal, cada cristão ouve a voz que já foi ouvida às margens do rio Jordão: ‘Este é meu Filho amado no qual me comprazo’” (Lc 3,22). Estamos tão proximamente identificados com Jesus que Santo Agostinho dizia: “Todos os homens são um em Cristo, e pela unidade dos cristãos constituem um só homem”. Agostinho passou a explicar que, identificados com Cristo, nós também partilhamos da tríplice missão como sacerdote, profeta e rei (Pd 2,9). 

Percebemos aqui desde os Apóstolos a primazia e a dignidade sacramental do batismo e não pode ser diferente hoje. O Sacramento do Batismo nos insere na Santíssima Trindade. Antes de qualquer passo no seio da comunidade temos que não apenas nos perceber, mas sentir pela passagem da água que nos purifica, que nós somos filhos e filhas de Deus. Este é o fato central e mais profundo sobre a nossa redenção. Nós não somos apenas perdoados, nós somos adotados por Deus como filhos e filhas na Trindade. 

Somos filhos e filhas de Deus, pois, pela Graça, temos sido adotados na família de Deus. Essa é a verdade que professamos. Portanto, quando pensarmos sobre a importância sacramental do Batismo, devemos levar em conta que a filiação divina é a marca de um autêntico entendimento do Evangelho... Uma verdade sem a qual não podemos viver.

DIDAQUÉ*

O documento conhecido como Didaqué (Διδαχń) é antiquíssimo; remonta aos tempos da primeiríssima geração da Santa Igreja. É anterior a alguns livros da própria Bíblia Sagrada, tendo sido escrito provavelmente antes do Evangelho de S. João, do Apocalipse e de algumas das epístolas.
"Didaqué"
é uma palavra grega que significa "instrução" ou "doutrina", e a obra era conhecida como "A Instrução dos Doze Apóstolos", – o que lembra muito o que diz o livro de Atos (2,42) sobre "o ensinamento dos Apóstolos". Assim como ocorre com relação a alguns livros do Novo Testamento, torna-se uma tarefa mais do que complexa precisar se a obra foi escrita diretamente por algum(ns) dos Apóstolos de Jesus ou sob a sua orientação, e se foi produzida por um só ou por vários autores.

Referências Bibliográficas

Padres Apostólicos.  Coleção A Patrística. Editora Paulus.
Salve, Santa Rainha. Scott Hahn. Editora Cleófas.
O Fiel Católico. Revista Online. http://www.ofielcatolico.com.br/2001/05/o-didaque-instrucao-dos-apostolos.html. (Acesso em 18 de Agosto de 2015).

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