Sempre estive muito próximo de Grupos de Animação Litúrgica.
Mesmo não sendo um músico de formação, acompanhei momentos belíssimos
participando deste Ministério no Paraná, em Minas Gerais e agora aqui em
Ribeirão Preto (SP), mas confesso que também já passei por momentos
desagradáveis, pois estamos sempre nos renovando enquanto Ministério. Pessoas
vêm e pessoas vão. Algumas com uma consciência bonita sobre a Missa, outras que
muitas vezes não sabem nem o que estão fazendo ali. Também posturas erradas,
improvisadas até mesmo por pessoas que se diziam entendidas sobre Liturgia.
Dúvidas sempre haverá. Posturas inadequadas também. Já me fizeram algumas
perguntas curiosas sobre a Música Litúrgica e que gostaria de partilhar com vocês. As
respostas às questões não são de cunho pessoal, mas de acordo com o que pensa a
Igreja e as orientações a partir do documento 43 da CNBB, Animação da Vida
Litúrgica no Brasil”.
PRIMEIRA QUESTÃO:
Qual deve ser o lugar do Grupo de Música durante a
Celebração da Missa?
. Lugar que torne mais fácil a execução de seu Ministério
Litúrgico.
. Que apareça claramente sua natureza, ou seja, que faz
parte da Assembleia celebrativa e não se torne apenas um apêndice.
. Que possa cada um de seus membros facilmente obter plena
participação nas Celebrações Litúrgicas.
. Fique voltado para o Altar que é o Centro, e não de costas
para Ele.
. Que não fique em cima do Presbitério.
SEGUNDA QUESTÃO:
Todo Canto é Litúrgico?
NÃO. Para um canto ser Litúrgico, tem que expressar sua
função Ministerial, ou seja:
- Ser tirado ou inspirado nas Sagradas Escrituras.
- Deve exprimir com mais suavidade a oração.
- Favorecer a unanimidade, consenso dos corações.
- Deve dar maior sobriedade aos Ritos Sagrados.
Então há uma diferença entre Música de Animação e Canto
Litúrgico?
SIM. O canto de animação ou música de animação pode ser
usado na Catequese, na Pastoral da Juventude, nos encontros da Pastoral
Familiar, em Shows de músicas religiosas, etc.
O canto é litúrgico quando está a serviço do Mistério
Celebrado ou quando evoca e leva a viver o Mistério Pascal (Paixão, Morte e
Ressurreição de Cristo) que está sendo celebrado.
Nem todos os cantos religiosos são próprios para a liturgia.
Eles devem ser cantos litúrgicos, adaptados na sua estrutura e conteúdo, às
várias partes da Celebração.
Por isso, não é aconselhável que músicas de cantores
românticos, populares e do gênero, sejam cantadas durante as ações litúrgicas,
porque não foi a intenção, a motivação e a inspiração destes compositores, a
Sagrada Escritura.
TERCEIRA QUESTÃO:
Quais então são as músicas que devemos cantar na Liturgia?
Apenas aquelas músicas que foram compostas para evidenciar o
sentido dos Ritos e da Ação Litúrgica.
Portanto, não devem ser cantadas na liturgia músicas de:
- danças profanas.
- temas de filmes
- temas de novelas.
- temas de festivais.
-peças teatrais e outras do gênero.
PS. Espero ter
ajudado a clarear algumas dúvidas. A dica é que procurem ler o documento 43 da
CNBB "Animação da Vida Litúrgica no Brasil." Disponível na Internet ou nas
Livrarias Católicas.
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