Antes de falarmos um
pouco sobre o tema, seria interessante entendermos primeiro o que significa a
palavra “Venerar”. O significado é
simples e pode ser dirigido a qualquer pessoa. Conceitualmente significa, ter
grande respeito, grande consideração, grande estima, querer muito bem. É
diferente da palavra “adorar”, que significa prestar culto a Deus, tendo-o como
o Ser Primeiro, Único e Eterno, origem de tudo o que existe de bom e de belo no
universo. Nós católicos, adoramos única e exclusivamente a Deus. Sendo assim, a
Maria nós veneramos, admirando a sua vida, imitando-a e pedindo a sua
intercessão.
Porque então a
veneramos? Temos muitos bons motivos para isso. O primeiro deles é que ela foi
concebida sem o pecado original (Imaculada Conceição), pelo poder de Deus; foi
preparada pelo Espírito Santo, já em vista da resposta que, mais tarde, ela
daria ao Anjo Gabriel (Lc 1,38). Somente Deus é onisciente, isto é, tem
conhecimento absoluto sobre todas as coisas, inclusive antes que elas
aconteçam. (CIC 269.270.490-493). Deus conhece o coração humano por inteiro.
Sendo uma criatura e
humana como nós somos, foi capaz de entregar-se completa e inteiramente a Deus,
dispondo-se a servir a Ele e à humanidade (Lc 1,26-38). Alguém que assumiu a
sua Fé sem reservas, entregando-se confiantemente a Ele sem saber o que iria
acontecer. Mais do que acreditar em Deus ela confiou Nele. Foi generosa para
com Deus e com seu plano de Salvação, deixando a si mesma num segundo plano; ao
priorizar o desejo de Deus de salvar a humanidade, ela se fez “serva” em nome
de todos os homens e todas as mulheres de todos os tempos. Completa em si uma
missão pela humanidade tornando-se o Sacrário vivo onde Jesus foi gerado. Olhando
para a vontade de Deus preservou o seu “Sim”, sendo fiel até o fim no compromisso
que assumiu com Deus. Nem mesmo quando ela se sentia incapaz de entender o que
estava acontecendo com Jesus (Mc 3,31-35; Mt 13,53-58; Mc 3,20-22) deixou de
acreditar no que Deus dissera a ela por meio do anjo Gabriel (Lc 1,30).
Maria se coloca a
serviço de Deus, e fazendo isso se coloca a serviço do próximo. Atenta a quem
estava perto dela ( Lc 1,39-45.56; Jo 2,1-12). Maria não pensava em si mesma e
tomava a iniciativa de ir ao encontro para servir.
Para esta questão há
outros pontos que gostaria de salientar para reforçar ainda mais esta tese
sobre a veneração a Virgem Santíssima. Penso que seja importante termos claro esta
iniciativa cristã de nós católicos. Não há nenhuma confusão sobre isso no seio
da Igreja Católica. Os não católicos, estes sim tendem a fazer certa confusão. É
certo de que não se trata de maldade religiosa, mas simplesmente de ignorância
hermenêutica.
CONTINUA...
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