Os ramos sagrados que levamos para
nossas casas, após a Santa Missa [do Domingo de Ramos], lembram-nos de
que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta
árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que
chegará à Ressurreição.
O sentido da Procissão de Ramos é
mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a
caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas
peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão
rapidamente. Mostra-nos que a nossa pátria não é neste mundo, mas na
eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda
pela casa do Pai.
A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém
foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que O
homenageou, motivada por Seus milagres, agora Lhe vira as costas e
muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não
estava iludido. Quanta falsidade nas atitudes de certas pessoas! Quantas
lições nos deixam esse dia [Domingo de Ramos]!
O Mestre nos ensina com fatos e exemplos
que o Seu Reino, de fato, não é deste mundo. Que ele não veio para
derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e
invisível, o pecado.
A muitos o Senhor decepcionou; pensavam
que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e
Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre.
“Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um
enganador, merece a cruz por nos ter iludido”, pensaram. Talvez Judas
tenha sido o grande decepcionado.
O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta
de Cristo e da Igreja, e consequentemente a nossa também, é a luta
contra o pecado, a desobediência à Lei sagrada de Deus que hoje é
calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um
cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses e segundo as
suas conveniências. Impera como disse Bento XVI, a ditadura do
relativismo.
FONTE:http://cleofas.com.br/as-licoes-do-domingo-de-ramos/
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