Deus se fez homem e salvou-nos através da humanidade de Cristo. O seu Sagrado Corpo é o primeiro Sacramento pelo qual Deus nos tocou sensivelmente. Portanto, Jesus é por excelência o Sacramento do Pai. Sendo assim está em todos os Sacramentos. Deus se dá aos homens não apenas de maneira íntima nos Sacramentos, mas de maneira sensível, servindo-se de elementos materiais (o corpo humano de Jesus, o corpo visível da Igreja, a água, o fogo, o pão, o vinho, o óleo...), além das palavras, gestos, cantos, etc., que são chamados de "a ordem sacramental".
Não pode haver Cristianismo sem a Encarnação do Verbo; da mesma forma ele não pode existir sem a Igreja, os Sacramentos e a Liturgia.
No rito litúrgico, celebrado com o emprego dos elementos materiais, é portador do poder de salvação de Jesus Cristo, que se torna assim a mão prolongada de Cristo para nos transmitir a vida do Pai.
Como foi dito acima, o
Sacramento primordial é Cristo Jesus: ele é o Sacramento do Pai: “Ele é
a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15), ele é a presença real,
eficaz, verdadeira do Pai entre nós: “Quem me vê, vê o Pai; eu estou no Pai e o Pai está em mim” (cf. Jo 14,9,10). Nele está a vida que vem
do Pai (cf. Jo 1,4). Entrar em contato com o Cristo morto e
ressuscitado é entrar em contato com a vida do próprio Deus, a vida
que o Pai derrama sobre seu Filho na potência do Espírito Santo.
Todo homem é chamado a fazer a experiência sacramental em sua vida, ninguém é excluído disso, por isso ninguém é
indesculpável - a refletir profundamente sobre as obras da criação. Se
fizer isso incansavelmente verá: o que parecia invisível, o poder eterno
e a divindade, começam a se tornar visíveis (Cf. Rom 1,19-20). O mundo
sem deixar de ser mundo se transmuta num eloquente sacramento de Deus:
aponta para Deus e revela Deus.
A vocação essencial do homem terrestre
consiste em tomar-se um homem sacramental.
Fonte: Para entender e Celebrar a Liturgia. Prof. Felipe Aqui. Editora Cléofas.
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